A Fleming Educação, um grupo educacional com origem em Porto Alegre (RS), experimentou um grande salto nos últimos seis anos. Passou de 5 escolas e 1 mil alunos, concentradas no Rio Grande do Sul, para 30 escolas, espalhadas por 16 cidades de 4 estados do país, expandindo-se por todo a região sul. A Fleming é um dos investimentos da Coruja Capital, gestora de recursos independente dirigida por Márcio Schettini, que ocupou por muitos anos posições de comando no Itaú Unibanco.
Márcio Schettini, seu filho Samuel, também diretor da Coruja Capital, e Paulo Landim, CEO da Fleming, se revezaram no palco do Family Office Summit Brazil 2023, realizado em São Paulo no último dia 23 de outubro, para mostrar a filosofia e o processo de investimentos do Family Office e o case do investimento no grupo educacional.
Maior produtor e exportador de açúcar orgânico do mundo e dono da Native, uma das mais reconhecidas marcas de alimentos naturais do país, com uma linha de 90 produtos, quer exportar para 60 países, o Grupo Balbo é referência global em agricultura regenerativa, que concilia produtividade com preservação ambiental e justiça social.
A virada sustentável começou nos anos 80, pelas mãos do engenheiro agrônomo Leontino Balbo, hoje vice-presidente executivo da Native Produtos Orgânicos, conforme relatou durante a apresentação do “Case Native: produtividade, rentabilidade e preservação”, no Family Office Brazil, promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE) no dia 23 de outubro, em São Paulo.
Flávia Camanho iniciou sua carreira como estagiária na área de RH do Pão de Açúcar e passou por grandes grupos empresariais nas áreas de varejo, indústria e finanças. Na área de Governança Familiar, atuou por quase dez anos na CIAESA (Family Office da Itaúsa), onde participou da implementação da estrutura de governança familiar e reuniu boa parte do seu conhecimento.
Algumas lições obtidas a partir dessa experiência foram compartilhadas durante a sua palestra, na qual Flávia Camanho “expôs importantes reflexões sobre as razões para se criar um Family Office e dicas preciosas de como fazer a gestão dessas estruturas.
Uma conjunção de fatores tensionou o relacionamento comercial intercontinental nas últimas décadas, provocando uma “ressaca da globalização” que tornou os países industrializados mais protecionistas, gerando novos desafios para a agricultura brasileira frente à concorrência externa, afirmou Christian Lohbauer, mestre e doutor em Ciência Política pela USP e diretor do Conselho de Agricultura da Fiesp.
A palestra “Desafios da geopolítica mundial e a inserção do Brasil como exportador de alimentos ” no Family Office Summit Brasil 2023, ocorreu no dia 23 de outubro, em São Paulo, e foi promovida pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
Cury Filho acredita que as sucessivas crises que ocorrem em escala global, quase que na velocidade da luz – o exemplo mais recente é a guerra entre Israel e Palestina -, demandam um novo olhar em relação a governança e a gestão do patrimônio das Famílias Empresárias.
Em um mundo de policrise, há cada vez menos espaço para o antigo modelo de empresa familiar. Aquele modelo de negócio no qual o “dono” é proprietário e gestor, com processos decisórios centralizados e a operação do dia a dia a cargo dos membros da família. Com o fundador focado 100% na gestão diária do negócio, não é de se estranhar que falte tempo para pensar estrategicamente, com visão de futuro e longo prazo.