“Com o mínimo de dois sócios já dá para ter Acordo de Acionistas na empresa familiar.” Quem garante é Adriana Adler, professora da Fundação Dom Cabral e sócia fundadora da Ekilibra Governança Integrada, em entrevista a Nelson Cury Filho, fundador do FBFE. Numa definição bem prática, Acordo de Acionistas é um…
Empresas familiares no centro da economia francesa
Em análise a longo prazo, empresas familiares se mostram mais ágeis e resistentes
É o que garante o empresário Guillaume Connan, terceira geração da empresa de transportes Chabé, criada por seu avô em 1921. Em artigo do jornal Le Figaro, Connan afirma que os laços de sangue entre os administradores ajudam na unidade da organização e garantem a sua perenidade.
A chave para o sucesso do modelo de negócio, segundo Alexandre Montay, responsável pelo movimento ETI — Entreprises de Taille Intermédiaire* — focada em empresas de médio porte, está na independência econômica (relativa, é claro) dos grupos familiares de investimentos externos e oscilações na Bolsa de Valores. Montay afirmou ao Le Figaro a força das empresas familiares diante de depressões e crises econômicas:
“Em períodos de crise, a resistência das empresas familiares permite uma reação efetiva diante do cenário de dificuldades, com estratégia e foco no longo prazo”, explica.
Na França, apenas 17% das empresas continuam sob o comando familiar no momento da troca de gerações (contra 56% na Alemanha e 70% na Itália). Para Olivier Mellerio, herdeiro da joalheria Mellerio Joaillier Paris, isso ocorre por conta da espera demasiada dos gestores para capacitar e preparar a geração seguinte. Mellerio afirmou ao jornal francês que “antecipar a migração das responsabilidades ao futuro diretor é fundamental para que haja o preparo necessário antes da passagem de bastão”.
FONTE: Le Figaro
*Esse artigo foi publicado originalmente na Revista do Fórum Brasileiro da Família Empresária – FBFE – Na Edição Nº 1 do Ano 1.