O ditado universal “Pai rico, filho nobre, neto pobre” foi citado por Bruno Garfinkel como um ingrediente lúdico para trazer detalhes do case Porto Seguro durante palestra no Family Office Summit Brazil 2022, realizada dia 21 de novembro, no Hotel Emiliano, em São Paulo. Presidente do Conselho Administrativo de uma das maiores seguradoras brasileiras, o executivo revelou o esforço que empreendeu para afastar a companhia de um padrão negativo de negócios familiares: quebrar quando a terceira geração ingressa na empresa.
Ao falar brevemente sobre a história da empresa, Bruno Garfinkel citou o esforço do avô Abraão para comprar 51% da companhia, em 1972. O marco seguinte, promovido pela segunda geração – o pai Jaime – foi a abertura de capital, em 2004. Assim, para que o marco de sua geração ao chegar ao negócio da família fosse positivo e oposto ao padrão estabelecido, Bruno não se acomodou no cargo que ocupava na empresa. “Em 2017 pedi demissão e fui para o Conselho Administrativo e, em 2019, fui convidado para ser o presidente.”
Ecofeminismo e Sustentabilidade Humana, foram os temas abordados por Flávia Lippi no FBFE Mulher 2021. A especialista em neurociência, e comportamento humano, trouxe um tema pouco falado no Brasil, mas muito importante. Flávia discorreu sobre ciência, comportamento e suas interferências na vida das pessoas.
Ecofeminismo é uma vertente do feminismo que conecta a luta pela igualdade de direitos e de oportunidades entre homens e mulheres, juntamente com a defesa e a preservação do meio ambiente. A justificativa para unir essas duas vertentes leva em consideração o fato de que as mulheres são desproporcionalmente mais afetadas por desequilíbrios ambientais. Grande parte do trabalho atribuído às mulheres é ligada ao cultivo da terra, à produção de alimentos e cuidados com a comunidade.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as mulheres representam 80% das pessoas que são obrigadas a deixarem seus lares e buscarem refúgio em outros lugares por conseqüência das mudanças climáticas. Isso acontece porque elas têm maior probabilidade de viver em condição de pobreza e com menor poder socioeconômico. Esta realidade faz com que as mulheres tenham mais dificuldades para se recuperarem de situações extremas, como desastres naturais.
Estrategista de comunicação e CEO da consultoria N Ideias, Nizan Guanaes disse que os empresários não podem “se apaixonar” mais pelo negócio do que pela oportunidade, mas precisam estar preparados para ter vários negócios ou diversas fases do negócio.
Empreendedores precisam se reinventar o tempo inteiro para acompanhar as profundas transformações que caracterizam o chamado mundo VUCA ( Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity), segundo o estrategista Nizan Guanaes , CEO da consultoria N Ideias, na palestra de encerramento do Family Business Innovation, realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE)
Para Guanaes, os empresários têm uma decisão fundamental a ser tomada neste contexto de grande volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade: se serão “vivedores” ou “morredores”. “O vivedor é aquele que enfrenta o problema com perspectiva e quer viver, enquanto o morredor, na mesma circunstância, já é derrotado porque pensa para baixo”, explicou.
Um dos maiores influenciadores sobre inovação, o jornalista Ivan Moré aplicou o conceito de desobediência produtiva no contexto da sucessão familiar e reforçou que o negócio pode subir degraus em valores, propósitos e resultados se o fundador estiver aberto a compartilhar poder e o sucessor entender a maneira como o patriarca pensa e fizer as adaptações conforme os novos pontos de vista
“É possível alcançar resultados incríveis – ou, pelo menos, diferentes – se você pensar fora da caixa diante de uma circunstância que promove em você a inquietação”, declarou o fundador da plataforma Desobediência Produtiva. Ele abriu o último quinto e último dia do Family Business Innovation, evento realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
De maneira descontraída, Ivan More falou sobre a trajetória profissional de 20 anos na Rede Globo, para exemplificar que estava sempre buscando quebrar protocolos e entregar mais do que o esperado, tendo como base a chamada desobediência produtiva, que envolve o tripé: percepção do entorno, confiança em si e na equipe e coragem para “dar o chute seguro”.
Filipe Callil, co-fundador e CEO do ClapMe, disse que a startup precisou se reinventar mais de uma vez para sobreviver, sendo hoje uma destacada empresa brasileira que atende o mercado publicitário, com produção e distribuição de conteúdo ao vivo.
Ter resiliência é fundamental na hora de empreender, sobretudo, quando o modelo de negócio a ser validado é disruptivo. “Desde o começo foi um desafio intenso”, contou Filipe Callil, co-fundador e CEO do ClapMe, ao apresentar o case de uma das mais inovadoras contechs brasileiras, durante o quarto dia do Family Business Innovation, evento realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
A ClapMe surgiu em 2013, em São Paulo, com a expectativa de ser o “maior palco do mundo”, com transmissão ao vivo de shows, mas após enfrentar dificuldades precisou se reinventar mais de uma vez para sobreviver. Hoje atende o mercado publicitário, com produção e distribuição de conteúdo ao vivo.